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O DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO – [Artigo]

A data de 2 de abril é o dia mundial da conscientização do autismo. Essa data foi escolhida pelas Nações Unidas para ser um momento de debate e de divulgação de informações sobre o tema. O autismo, identificado pela primeira vez em 1943, vem sendo estudado por diversas áreas da ciência. A própria concepção de autismo se modificou de 1943 até o presente momento. Houve momentos nessa história em que se acreditou que o autismo era provocado pela forma como os pais lidavam com a criança ou por traumas psicológicos. Hoje, nossa compreensão sobre o autismo avançou bastante. Sabemos que se trata de um complexo problema de forte base genética que afeta o desenvolvimento da criança. Cada criança com autismo é afetada em diferentes graus, variando de casos leves até casos com comprometimentos severos no desenvolvimento.

Crianças com autismo apresentam dificuldades em se relacionar com outras pessoas, dificuldades em se comunicar de maneira efetiva e apresentam comportamentos repetitivos, além de se interessarem por poucas coisas. Para elas, lidar com pessoas, com mudanças de rotinas e enfrentar um mundo tão imprevisível e dinâmico como o nosso pode ser algo que as deixem bastante ansiosas e confusas. Expressar suas necessidades, vontades e compartilhar com outras pessoas aquilo que elas gostam ou sentem pode ser especialmente difícil, assim como compreender o que as outras pessoas falam ou sentem. Se relacionar é um grande desafio.

Apesar de não existir cura para o autismo, essas pessoas podem aprender a lidar melhor com o mundo à sua volta. Podem aprender a se expressar melhor, a interagir melhor com as pessoas em casa e na escola, aprender a ler, a escrever, a brincar e serem mais independentes. Como nós, elas apresentam muitas possibilidades. O trabalho da Psicologia com a criança com autismo se insere nessa perspectiva: promover uma melhor qualidade de vida à pessoa com autismo, auxiliar no seu desenvolvimento e, dessa forma, ampliar essas possibilidades.

A Psicologia, em seu compromisso social, também destaca a importância de levar o conhecimento sobre esse tema à população. Reiteramos que a nossa relação com o autismo é mútua: da mesma forma que eles podem aprender a entender melhor o mundo à sua volta, esse mesmo mundo também deve entender melhor as pessoas com autismo. E buscar conhecimento sobre o autismo é o primeiro passo para nos tornarmos um mundo melhor para eles e uma sociedade mais aberta às diferenças.

 

Prof. Dr. André Varella

CRP14/6283-6

Universidade Católica Dom Bosco