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Síndrome de Burnout e os desafios para a Psicologia

Nesta quinta-feira (11) foi realizada a palestra “Síndrome de Burnout e Pesquisas Realizadas”, ministrada pela Profª. Mary Sandra Carlotto (PUC/RS).

O evento contou com a participação de 184 pessoas e foi realizado pelo laboratório de saúde mental e qualidade de vida no trabalho (Mestrado/Doutorado da UCDB), em parceria com o Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP 14/MS).

Para a doutora em Psicologia Social pós-doutora pela Universidade de Valencia/Espanha (2010), Mary Sandra Carlotto, a Síndrome de Burnout é uma das várias patologias relacionadas ao trabalho, advinda das relações humanas, em profissões que atendem pessoas. No entanto, é uma doença crônica, silenciosa e que pode ser facilmente confundida com o estresse. “A grande diferença é que enquanto o estresse é uma doença do indivíduo, o Burnout é do ambiente. Ou seja, o acometido pode se livrar dos sintomas quando está de férias ou mesmo de atestado, mas ao retornar ao ambiente de trabalho, os sintomas voltam”, destaca.

Entre os desafios para a Psicologia, a palestrante considerou a dificuldade de diagnóstico desta síndrome uma vez que ainda é pouco discutida na área médica, mesmo sendo especificidade da medicina do trabalho.

 

Em relação ao perfil do acometido, estudos apontam o seguinte diagnóstico, em ordem hierarquica:

 

DEMOGRÁFICOS:

Mulheres, homens, jovens, solteiros, sem filhos de alta escolaridade;

 

PESSOAIS:

Personalidade, estratégia de enfrentamento, foco da emoção/evitação, alta motivação;

 

LABORAIS:

Menor tempo de experiência, múltiplos empregos;

 

VARIÁVEIS PROFISSIONAIS:

Baixo suporte social, conflito de papel, ambigüidade de papel, baixo controle,  alta pressão, iniqüidade;

 

SOCIAIS/ORGANIZACIONAL:

Cultura-rígida/baixa perticipação; contexto social/inseguro