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CFP debate visibilidade trans e Resolução 01/99

Fonte: CFP

No dia 29 de janeiro, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover debate online sobre visibilidade trans e a Resolução 01/99 do CFP, que orienta os profissionais da área a atuar nas questões relativas à orientação sexual. A data foi escolhida por ser o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, que marca a luta pelos direitos humanos, pelo respeito à identidade de gênero e em busca do direito à vida sem preconceito e discriminação.

O debate, mediado pelo conselheiro Pedro Paulo Bicalho, terá a participação de Symmy Larrat, Alessandra Ramos, Adriana Sales, Tathiane Araújo, Leonardo Luiz da Cruz Lima, Suzana Konstantinos Livadias e Céu Cavalcanti.

Você também pode participar do debate, programado para às 16h, enviando perguntas pelas redes sociais do CFP (Youtube, Facebook e Twitter) com a hashtag #VisibilidadeTrans ou pelo e-mail comunica@cfp.org.br.

Profissionais devem contribuir para eliminar transfobia e não podem ser omissos frente à discriminação
Na Assembleia das Políticas, da Administração e das Finanças (Apaf) de dezembro de 2017, as delegações da categoria decidiram publicar resolução regulamentando a atuação de profissionais da Psicologia em relação às pessoas travestis e transexuais. Na prática, a nova norma complementa a Resolução 01/99.

A nova resolução orienta os profissionais da Psicologia a atuar, no exercício da profissão, de modo que as travestilidades e transexualidades não sejam consideradas patologias. A resolução determina que, em sua prática profissional, psicólogas e psicólogos devem atuar de forma a contribuir para a eliminação da transfobia e orienta, ainda, que não favoreçam qualquer ação de preconceito e nem se omitam frente à discriminação de pessoas transexuais e travestis.

A norma recém-aprovada impede o uso de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação e veda a colaboração com eventos ou serviços que contribuam para o desenvolvimento de culturas institucionais discriminatórias.

Conheça os debatedores
Symmy Larrat é presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT). Foi coordenadora nacional LGBT do governo federal e coordenadora do Programa Transcidadania da Prefeitura de São Paulo.

Leonardo Luiz da Cruz Lima é professor de Educação Física e é um dos coordenadores do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT-DF). Cuida dos assuntos relacionados à saúde na entidade.

Suzana Konstantinos Livadias é psicóloga, coordenadora do Espaço Trans, mestranda do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva PPGSC/UFPE, pesquisadora de autismo ligada à Associação Preaut.

Tathiane Araújo é conselheira Nacional de Saúde (CNS) e representa a Rede Nacional de Pessoas Trans do Brasil (REDTRANS BRASIL) no Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT).

Adriana Sales possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Mato Grosso e mestrado em Educação pela UFMT. Atualmente, é professora na Secretaria de Estado de Educação, lotada na Superintendência de Formação dos Profissionais de Educação. Ativista social do movimento trans brasileiro desde 1998, secretária para assuntos internacionais da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e militante para as causas das travestis e transexuais no contexto escolar.

Alessandra Ramos é tradutora, ativista do Fórum Nacional de Travestis e Transexuais Negras e Negros (FONATRANS) e assessora parlamentar na Câmara dos Deputados.

Céu Cavalcanti é psicóloga doutoranda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante da Comissão de Gênero do CRP-02 (PE).