O Conselho Regional de Mato Grosso do Sul, representado pela conselheira Marilene Kovalski, esteve presente no ato de vigília pública, em memória da musicista Mayara Amaral, realizado em frente ao Fórum da Capital, em decorrência do julgamento do caso. A iniciativa foi organizada pelo núcleo Marielle Franco do PSOL MS.
De acordo com a conselheira, o CRP14/MS recebeu convite feito pelos organizadores, e se prontificou a estar presente porque o “O conselho se coloca a favor da Declaração universal dos direitos humanos do qual faz dele seus princípios éticos. Portanto é a favor dos direitos a vida e contra todo o tipo de violência e banalização da vida”.
Marilene ainda completou dizendo: “Nos momentos atuais do Brasil onde há um aumento do índice de femenicidio, é preciso que medidas sejam tonadas para conter a violência. Há um gozo na forma cruel de destruição do corpo do outro, transformando-o em objeto, numa clara demonstração de perversidade, sem medir as consequências. O laço social não mais importa, deixando no sofrimento familiares e a sociedade”.
Em 2017, o assassinato da musicista reacendeu debate sobre a tipificação do feminicídio no país e as dificuldades de aplicá-lo. A jovem de 27 anos foi encontrada em um matagal com o corpo carbonizado e várias marteladas na cabeça. Dois suspeitos foram presos pelo brutal assassinato num motel da cidade: o músico de 29 anos Luiz Alberto Barros, por quem a jovem estaria apaixonada, e Ronaldo Olmedo, de 33, com passagens por tráfico e roubo, segundo a polícia. Um terceiro homem, Anderson Pereira, 31, também com passagens por tráfico e roubo, foi preso por colaborar com a ocultação do cadáver.