Esta semana o Brasil comemora o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, no dia 18 de maio, data também do Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para marcar a data, Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14/MS), em parceria com entidades e movimentos sociais, promove uma ação de conscientização, às 9h, na Praça Ari Coelho.
Na programação do evento haverá a realização de um sociodrama, exposição de poesia pelo instituto Nise da Silveira, distribuição de panfletos e o pré-lançamento do livro Guia Prático de Cuidado para Familiares de Pacientes com Transtorno Mental.
Além da ação na Praça Ari Coelho, o CRP14/MS realiza uma sessão de cineclube especial para abordar saúde mental e direitos humanos. No dia 27/05, às 14h, na unidade UCDB Centro, será exibido o documentário “O Holocausto Brasileiro”. A inscrição é gratuita e pode ser feita aqui.
No dia 18 de Maio, o CRP4/MS convoca as psicólogas e psicólogos a publicarem em suas redes sociais as artes campanha (veja abaixo). Use a hashtag: #18demaio #EuSou+1 #Disque100 #dignidadeéomelhorcuidado #crp14ms
Em Defesa das Crianças e adolescentes
Desde 1973, quando um crime bárbaro chocou o Brasil: com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta, o dia 18 de maio se tornou um dia de luta. Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.
Manifesto Antimanicomial
Em 18 de Maio de 1898, começou a funcionar o Asylo de Alienados do Juquery, para abrigar os diversos tipos de excluídos da sociedade, incluindo as pessoas com transtornos mentais. Desde então houve a proliferação dos manicômios, também chamados de hospícios, em uma perspectiva higienista e excludente. Nesse contexto, derivado de uma série de eventos políticos nacionais e internacionais, nasce oficialmente o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial, também conhecido como Luta Antimanicomial, fazendo uma exigência prática que os hospícios fossem substituídos por outros serviços capazes de garantir dignidade e liberdade aos portadores de transtornos mentais. Inaugura-se a partir de então uma nova trajetória nas propostas de atenção à saúde mental no Brasil e o enfrentamento de uma longa e dolorosa história de violação de direitos, na qual governo, sociedade civil e científica se omitiram por muito tempo. Infelizmente inúmeras violações ainda são identificadas. Não podemos nos omitir! Conheça mais sobre a Luta Antimanicomial! https://www.facebook.com/mnlaemluta/