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CRP 14 participa da Semana dos Povos Indígenas de MS

A coordenadora da Comissão de Psicologia de Povos Indígenas (CPPI) do CRP 14/MS, Giovana Guzzo, e o representante da Comissão de Direitos Humanos do CRP 14/MS, Marco Aurélio Portocarrero, representaram o Conselho na Semana dos Povos Indígenas de MS, realizado pela Assistência Social e Trabalho (Sedhast).

O evento teve as presenças das oito etnias indígenas que vivem atualmente no Estado, do governador Reinaldo Azambuja e da vice-governadora, Rose Modesto, também secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), pasta responsável pela Subsecretaria de Políticas Indígenas.

“Esse é um governo de diálogo e o diálogo para resolver problemas. Na questão indígena, criamos a subsecretaria específica para avançar com as políticas públicas para esses povos e tenho certeza que em 2018, ao final do nosso mandato, muita coisa terá sido feita pelos índios em nosso estado”, disse o governador, erguido pelos índios ao final de outra dança tradicional, ainda na abertura do evento.

A semana marca o lançamento do Programa de Sustentabilidade dos Povos Indígenas, com a elaboração até o mês de novembro de um Plano Estadual que dará as diretrizes para as políticas públicas para as comunidades indígenas no estado que hoje somam aproximadamente 75 mil pessoas. “Vamos trabalhar com políticas transversais para a construção desses norteadores da política indígena. Nesse sentido, a Subsecretaria vai criar Fórum Estadual de Agricultura Familiar, de Políticas Públicas para a Mulher Indígena, de Segurança, do Esporte, da Fundação do Trabalho (Funtrab)”, ressaltou a vice-governadora e secretária da Sedhast.

PSICOLOGIA E POVOS INDÍGENAS >>>>>

No dia 28 de Abril a CPPI realizou um cineclube especial para discutir a temática e a preocupação com o sofrimento psíquico dessa população. O evento contou com a palestra da antropóloga Carla Calarge que apresentou dados da realidades da população indígena de MS e os principais problemas enfrentados por eles.

  1. Alternativas econômicas implantadas
  2. de fora para dentro;
  3. Ênfase na monocultura, mecanização e incorporação de insumos químicos;
  4. Desarticulação das economias indígenas, seus processos e  relações com o território e cosmologia;
  5. Elevados índices de pobreza (desnutrição), suicídios, educação precária e grande vulnerabilidade às doenças;
  6. Excessiva exploração dos recursos naturais: – contaminação dos cursos d´água;
  7. Erosão e baixa produtividade; – lixo, entre outros;
  8. O confinamento territorial e o comprometimento dos recursos naturais aumenta a dependência dos programas assistenciais dos Governos;
  9. Perda significativa de territórios, gerando superpopulação para os padrões de ocupação territorial indígena, o que dificulta a organização social e sua “reprodução cultural”;
  10. Ausência de alternativas capazes de suprir as necessidades básicas;
  11. Assalariamento e urbanização

 

FONTE: Carla Calarge