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Núcleo de prevenção e posvenção ao suicídio do CRP 14/MS discute ações de enfrentamento em MS

 

A importância do falar sobre o assunto e deixar o tabu de lado é ressaltado durante o evento.

Na sexta-feira, 30 de setembro, em alusão ao Setembro Amarelo, o CRP 14/MS (Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul) realizou, por meio da Comissão de Saúde e o Núcleo de Prevenção e Posvenção do Suicídio e apoio da Unigran Capital e o Grupo Amor Vida, a conferência sobre a “Sociedade do morrer: a vida como possibilidade”.

A abertura oficial foi realizada pelo presidente do CRP 14/MS, Walkes Jacques Vargas que agradeceu a todos pela presença, e ressaltou sobre a atuação da instituição nos últimos anos nas Políticas Públicas e a assistência as famílias que vivem em situações de vulnerabilidade.

O psicólogo Renato Martins de Lima (CRP14/07199-0), mestre em Psicologia Social pela UFMS, que é atualmente docente do curso de graduação em Psicologia do Centro Universitário Unigran Capital e conselheiro eleito do CRP14/MS, participou da composição de mesa de debate pontuou sobre a importância de realizar o evento no último dia do mês, para que com as experiências vividas por todos durante o mês em alusão ao Setembro Amarelo, possa trazer experiências e vivências para todos que hoje atuam de alguma forma ajudando aqueles que precisam de uma assistência em relação a esse assunto.

O mediador do o psicólogo Eduardo Cavalheiro Pelliccioli (CRP14/06170-9), especialista em Teoria Psicanalítica, mestre em Psicologia pela PUCRS (2004) e coordenador do Núcleo de Prevenção e Posvenção do Suicídio do CRP 14/MS destacou “é importante a gente pensar em Políticas Públicas, mas é necessário identificar o real motivo desse conflito existencial que a pessoa está vivendo, para assim podermos ajudar de forma assertiva, pois nem tudo envolve questões materiais”.

Outra convidada para compor a mesa foi a jornalista Marta de Jesus, com 25 anos de mercado e atual editora-chefe no portal Primeira Página, da RMC (Rede Mato-grossense de Comunicação) “com o avanço da tecnologia, um assunto que ainda era tabu, hoje estamos reaprendendo a falar sobre com as redes sociais, pois não tem mais o filtro pelas pessoas sobre o que publicar, e isso atinge muito as pessoas que estão próximas a cometer o suicido. Pois a falta de educação, saúde, acesso a uma rede de apoio acabam influenciando para lado negativo dentro do problema e seus aspectos mais complexos”.

A psicóloga Daianny Garcia Nascimento (CRP14/03529-5), coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul realizou uma apresentação sobre a atuação da RAPS e as dificuldades e enfrentamentos da instituição diante dos atuais dados em relação ao suicídio. “É muito importante a gente entender que o outro, é o outro e tem sua própria dor e vivência, passamos a entender melhor o cenário que levou a ele para a aquela situação, pois nos colocamos no lugar dessa pessoa e assim podemos dar uma melhor assistência”, destacou a psicóloga.

O médico psiquiatra Dr. Leandro Soares, diretor-técnico do CAPS III Vila Almeida falou sobre a Crise Suicida que reforçou que o suicídio pode acontecer por questões sociais e por questões emocionais que atinge principalmente atualmente os jovens. “A tecnologia atualmente é um grande vilão dentro desse tema, pois ela muda nosso modo operante, influenciando na nossa cultura e cérebro, nos deixando vulnerável emocionalmente falando, mas isso faz parte dessa nova geração, que não consegue aceita um não ou até mesmo uma comparação, fazendo com que as relações em si entre eles sejam mais frágeis do que antigamente”, ressaltou.