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CFP destaca presença das mulheres na história e rumos da Psicologia no país

Nove em cada dez profissionais da Psicologia no Brasil são mulheres. Neste 8 de Março, o CFP realça as contribuições das mulheres no pensar e fazer da profissão

Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a presença das mulheres no pensar e no fazer da Psicologia enquanto ciência e profissão. Nove em cada dez profissionais da Psicologia no Brasil são mulheres.

Virgínia Bicudo, Nise da Silveira, Anita de Castilho, Madre Cristina Sodré Doria, Silvia Lane, Carolina Martuscelli Bori, Lélia Gonzales e Neusa Santos Souza são algumas das diversas mulheres que definiram rumos e impactaram a Psicologia no Brasil. Suas contribuições e avanços seguem como norteadores do papel e significado social da profissão, ontem e hoje.

Confira as histórias

Virgínia Bicudo (1910 – 2003)

Psicanalista negra, integrou a primeira diretoria do CFP. Foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina. Também a primeira estudiosa a redigir uma tese sobre Relações Raciais no Brasil e também a primeira psicanalista não médica no país.

Nise da Silveira (1905 – 1999)

Formada em Psiquiatra, impactou o funcionamento dos manicômios no país ao se opor a métodos como o confinamento, eletrochoque, camisas de força e lobotomia. Implementou técnicas lúdicas no cuidado a pessoas com transtorno mental, permitindo que se expressassem através da pintura e do desenho.

Annita de Castilho e Marcondes Cabral (1911 – 1991)

Graduada em Filosofia e Ciências Sociais, é considerada a pioneira da criação e implantação do curso de Psicologia no país (1958). Criadora da Associação Brasileira de Psicólogos – ABP (1954).

Madre Cristina Sodré Doria (1916 – 1997)

Graduada em Filosofia e Pedagogia, foi ativista social e perseguida na Ditadura Militar. Fundou o Instituto Sedes Sapientiae, instituição que traz temas ligados à desigualdade social, com a participação ativa de movimentos como os sem-terra e os defensores das causas indígenas.

Carolina Martuscelli Bori (1924 – 2004)

Pedagoga, divulgou a Psicologia como ciência e fez parte da comissão organizadora de regulamentação da profissão.

Silvia Lane (1933 – 2006)

Pioneira da Psicologia Social no Brasil e na América Latina. Participou da fundação da Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso) e da Associação Latino-americana de Psicologia Social (Alapso), possui um vasto conteúdo publicado nacional e internacionalmente.

Lélia Gonzales ( 1935  – 1994)

Filósofa, antropóloga e militante, Lélia Gonzalez foi pioneira no estudo da cultura negra no Brasil e deixou enorme legado sobre relações raciais e gênero, classe, psicanálise e feminismo negro. Foi co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro e do Movimento Negro Unificado, com obras referenciais sobre a cultura negra numa perspectiva da psicanálise.

Neusa Santos Souza (1948 – 2008)

Psiquiatra, psicanalista e escritora brasileira. Sua obra é referência sobre os aspectos sociológicos e psicanalíticos da negritude, inaugurando o debate contemporâneo e analítico sobre o racismo no Brasil.

Resolução CFP nº 08/2020

O combate à violência contra a mulher, ainda tão presente na sociedade, está entre as lutas da Psicologia em prol da garantia de direitos. Por isso, o Conselho Federal de Psicologia ressalta a importância da Resolução CFP nº 08/2020, que estabelece normas de atuação do exercício profissional em relação à violência de gênero. O documento é fruto do esforço do Grupo de Trabalho Políticas para Mulheres, formado pelo CFP e alguns Conselhos Regionais de Psicologia. Saiba mais: Resolução CFP nº 08/2020