Diversas entidades e movimentos ligados à Psicologia organizam agora em outubro inúmeras atividades em diferentes estados brasileiros, com o objetivo de discutir o impacto da atual conjuntura política na profissão e na sociedade, isto é, como ela influencia nas relações interpessoais, nas subjetividades e nas estratégias de resistência.
Dentro dessa programação, no dia 07 de outubro, às 17h (horário de Brasília), o Instituto Silvia Lane realiza o debate "Anatomia do golpe: contribuições da Psicologia". O evento será transmitido pela TV PUC, podendo ser acompanhado pela internet no site www.tvpuc.com.br. Ana Bock, Elisa Zaneratto Rosa, Odair Furtado e Rogério Gianini irão se reunir para comentar uma série de depoimentos, feitos especialmente para o debate, de nomes como Luís Nassif, Jessé Souza, Marilene Proença, entre outros.
A conselheira e vice-presidente do CRP14/MS, Sandra Amorim explica que a iniciativa de propagar debates dessa ordem é consoante com o Código de Ética do Psicólogo que afirma: ‘O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando critica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural’ e emerge em um momento em que a Psicologia não pode se omitir frente à atual conjuntura nacional.
“A proposta surgiu da indignação coletiva com o estado atual do cenário político brasileiro. Como a Psicologia compreende o momento atual? Quais implicações para nossa profissão? Como enfrentar os processos que rompem com a democracia e a justiça social e proliferam desigualdade? Questões como essas são de interesse direto de profissionais e entidades da Psicologia”, argumentou.
Sandra ainda ressalta “Cabe destacar ainda que a discussão política é suprapartidária e que não podemos ficar alheios aos retrocessos que estão sendo impostos ao SUS, ao SUAS, à Educação, e a várias outras políticas públicas onde a Psicologia se faz presente”.
Outro ponto importante é a repercussão nas subjetividades desse conjunto de questões políticas nas relações afetivas das pessoas. “Não podemos negar, a atual conjuntura nacional produz sofrimento psíquico. As populações atingidas perdem espaço na sociedade, inclusive aqueles que ingenuamente se mantem alienadas. A forma de apresentação desse cenário pela mídia manipula subjetividades, rompe laços, colocando as pessoas umas contra as outras, exacerbando preconceitos, estimulando antagonismos. Isso tem tudo a ver com a Psicologia e não podemos nos omitir”, comentou.
Além do debate na TV PUC, haverá ações em diversos estados. Os eventos reafirmam o compromisso social e o posicionamento da Psicologia junto à sociedade brasileira!
Participe do debate ao vivo.