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Integrantes da nova Comissão de Direitos Humanos do CFP tomam posse para gestão 2023-2025

Marcada pela diversidade, CDH é composta por psicólogas e psicólogos de todas as regiões do país, agregando indígenas, pessoas negras, trans e com deficiência

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) realizou na quinta-feira (27) a cerimônia de assinatura do termo de compromisso das(os) novas(os) integrantes da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Autarquia. A atividade ocorreu em Brasília/DF, na sede do Conselho.

Ao todo, o coletivo reúne 12 especialistas, indicadas(os) pelo XIX Plenário do CFP, com mandato para o período 2023-2025. Marcado pela diversidade, o grupo é formado por psicólogas e psicólogos de todas as regiões do país, agregando profissionais indígenas, pessoas negras, trans e com deficiência. “É uma Comissão muito diversa porque compreendemos a importância dessa multiplicidade para a própria constituição da Psicologia como ciência e profissão”, enalteceu o presidente do CFP, Pedro Paulo Bicalho.

De acordo com o presidente da Autarquia, em um país tão desigual e marcado por um processo colonizador violento, a existência da Comissão de Direitos Humanos é essencial para reafirmar o compromisso da Psicologia de enfrentar todas as forças de violência que se constroem em nossa sociedade. “Reconhecemos a Comissão de Direitos Humanos como parte da nossa própria gestão. A CDH não é um órgão à parte”, defendeu.

Ao traçar o histórico e legado da Comissão ao longo de seus 25 anos, a vice-presidenta do Conselho Federal de Psicologia, Ivani Oliveira, também destacou o papel essencial do colegiado para transformar a Psicologia: “A diversidade deste coletivo preza o histórico do que já foi feito, ao tempo em que contribui para alcançar outros lugares, fazendo enfrentamentos e discussões que a Psicologia ainda precisa estabelecer”, pontuou.

O grupo inclui as conselheiras Nita Tuxá e Alessandra Almeida – que serão as responsáveis por realizar a interlocução entre a Comissão de Direitos Humanos e o plenário do CFP, contribuindo para a apreciação de estratégias propostas pela CDH ao longo do triênio.

Acesse a galeria de fotos.

Psicologia pintada de jenipapo e urucum

No contexto das mobilizações do Abril Indígena, uma comitiva composta por conselheiras(os) do CFP e as(os) novas(os) integrantes da CDH participou das atividades do Acampamento Terra Livre, maior assembleia dos povos indígenas brasileiros, realizado em Brasília/DF.

O espaço foi palco de assinatura da portaria que deu posse às(aos) novas(os) integrantes da Comissão de Direitos Humanos do CFP na gestão 2022-2025. “A Psicologia brasileira precisa estar representada por suas cores, diversidades e sons. A construção dessa CDH foi feita de forma muito cuidadosa pelo plenário. Vocês são valiosas e importantes para nós”, destacou Pedro Paulo Bicalho ao pontuar que a história da Psicologia nem sempre foi articulada com a defesa dos direitos humanos, exigindo uma construção de caminhos e possibilidades no transcorrer dos 60 anos dessa ciência e profissão.

A conselheira do CFP Alessandra Almeida destacou a relevância de demarcar a posse da CDH no Acampamento Terra Livre. “Que a Psicologia seja o território de justiça para todos nós”, pontuou.

Foi o que também ressaltou a conselheira Nita Tuxá: “o indígena não é um só: são muitos. E, dentro desse ‘muitos’, há muita pulsão de vida e pluralidade – e a Psicologia tem muito a aprender”, acrescentou

Ainda durante o Acampamento Terra Livre, Nita Tuxá participou de um diálogo sobre a saúde indígena, enfatizando o papel da Psicologia em um cuidado aos povos originários orientado pela multiplicidade étnica. “Que a gente entenda que o indígena é um ser subjetivo, um sujeito de direitos, de vontades, um sujeito diverso”, concluiu.

Confira a participação do CFP no Acampamento Terra Livre.

Primeira reunião

Na primeira reunião do coletivo, as(os) especialistas destacaram campos de atuação constantemente desafiadores e que precisam de atenção por parte da CDH – como direitos sexuais e reprodutivos, feminicídio, orfandade, migração, territorialidades, pessoas privadas de liberdade, comunidades terapêuticas, impactos da pandemia da Covid-19, violência contra a população LGBTI+ e preconceito contra os povos indígenas, ressaltando as interseccionalidades entre esses e outros assuntos de interesse para a Psicologia.

Outra ponderação feita pelo grupo foi a necessidade de estabelecer diálogo junto a órgãos do governo e da sociedade civil no sentido de fortalecer a defesa dos direitos e intensificar o enfrentamento às violações cometidas contra a sociedade. Nessa direção, alertaram sobre a urgência em desenvolver mais ações de apoio à atuação de psicólogas e psicólogos.

Saiba mais

A Comissão de Direitos Humanos foi criada pelo Conselho Federal de Psicologia em 1997 e tem como objetivo mobilizar profissionais da Psicologia de todo o país na defesa dos direitos humanos como um desafio permanente da categoria.

Inspirados na experiência do CFP, a partir de 1998 todos os Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs) passaram a contar com suas próprias Comissões de Direitos Humanos, fortalecendo no âmbito do Sistema Conselhos a atuação da Psicologia em temas essenciais na proteção e garantia desses direitos. Mais informações: site.cfp.org.br/cfp/comissao-de-direitos-humanos

Conheça as(os) integrantes da CDH/CFP

Alessandra Santos de Almeida – conselheira (CRP 03/003642)
Nita Tuxá – conselheira (CRP 03/25213)
Andreza Cristina da Silva Costa – coordenadora (CRP 20/07987)
Alexander Morais de Oliveira (CRP 10/07974)
Ana Luiza de Souza Castro (CRP 07/03718)
Deivison Warla Miranda Sales (CRP 03/13271)
Emilly Mel Fernandes de Souza (CRP 17/4471)
Geni Daniela Nuñez Longhini (CRP 12/21795)
Giulia Natália Santos Mendonça (CRP 01/19100)
Marcelo Afonso Ribeiro (CRP 06/41667)
Mônica Valéria Affonso Sampaio (CRP 05/44523)
Paula Rita Bacellar Gonzaga (CRP 04/64619)
Rafael Ribeiro Filho (CRP 17/3227)
Rogério Giannini (CRP 06/53926)