Vestidos com a camiseta da campanha “30 Horas Já Psicologia”, cerca de 40 psicólogas e psicólogos de Campo Grande ocuparam o canteiro da Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua 13 de Maio na manhã deste sábado (09.08).
De forma pacífica e ordeira, os manifestantes estenderam uma faixa da mobilização e distribuíram panfletos aos cidadãos que passavam no local.
“Nosso objetivo é levar ao conhecimento da sociedade em geral a nossa luta”, destaca a presidente do Sindicato dos Psicólogos de Mato Grosso do Sul, Glace Freitas. A articulação que une toda a categoria já foi aprovada pelo Congresso Nacional e aguardo apenas da sanção presidencial.
“A sociedade precisa conhecer a função social do(a) psicólogo(a), sobretudo, na questão da escuta que exige muito do(a) profissional. Não há condições de cumprir uma carga de 40 horas semanais de trabalho, oferecendo uma escuta de qualidade e, ao mesmo tempo, garantindo a saúde do profissional”, acrescenta Glace.
Representando o Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul, a Conselheira Simone Grisolia, também defende a saúde do(a) profissional de psicologia, condição principal para oferecer um atendimento com qualidade.
A jornada de 30 horas também permitirá aos psicólogos e às psicólogas investirem no aprimoramento profissional em capacitações e qualificações.
Dificuldade de Diálogo com o Prefeito de CG – Na ocasião, os manifestantes encontraram o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, que visitava uma exposição na Praça Ary Coelho e, na busca de um diálogo para apresentar o PL 33382008 – de âmbito federal – o prefeito se negou a ouvi-los.
Em sua fala , Gilmar destacou. “Não é justo eu conversar com nenhuma categoria antes de equilibrar as contas da prefeitura. Vocês podem fazer mobilização mas eu não posso apoiar causa que reflete em aumentos de gastos para os cofres públicos. Reduzir a jornada de trabalho implica em contratação de novos profissionais e hoje a prefeitura não consegue arcar com este gasto”.
O prefeito desconhecendo a recente legislação aprovada disse que só poderá “ouvir e conversar” com os manifestantes após o mês de dezembro de 2014. Esse posicionamento causou preocupação à categoria a qual possui o entendimento que um gestor público jamais pode furtar-se ao diálogo visto que ele configura um dos pilares de uma democracia.
Participaram da mobilização representantes do Sinpsi-MS, CRP 14/MS, SAS, SUAS, Psicólogos Sem Fronteiras e profissionais autônomos.
CORUMBÁ – Esta mesma mobilização que ocorre em várias cidades do País, também será realizada na cidade de Corumbá. A data ainda será divulgada.