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NOTA EM DEFESA DOS TRABALHADORES/AS DO SUAS

A imagem que expressa essa pandemia é uma crise sanitária e humanitária sem precedentes. A situação já se espalhou em quase todos os países do mundo, impondo um enorme desafio as autoridades que lutam para evitar o colapso no sistema de saúde. Entre as medidas adotadas para o controle da curva de contaminação e, consequentemente, para a contenção do avanço da pandemia, estão as recomendações de quarentena e isolamento social.

Assim como ocorre na realidade dos profissionais de saúde, também os protagonistas da assistência social não vivenciam como opção o isolamento social. Na verdade as duas políticas atuam em conjunto, com seus profissionais na linha de frente atendendo os usuários, enfrentando a situação diretamente. Esse fato, realça a importância da política de Assistência Social como instrumento de proteção da população, e ao mesmo tempo expõe a falta de recurso e as condições precárias de trabalho. As equipes que atendem não dispõem de condições para se proteger, tendo EPIs insuficientes, não adequados ou mesmo inexistentes. Com isso, já são vários os servidores que foram contaminados e adoeceram, ou mesmo morreram em decorrência da pandemia.

 Atento a situação, o Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul acolhe os anseios, angústias e dúvidas das(os) psicólogas(os) inseridas(os) no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e se manifesta, por meio desta nota, na defesa dos Trabalhadores do SUAS, solicitando aos órgãos de competência que incluam o Adicional de Insalubridade, reconhecendo os riscos da situação de trabalho das equipes que realizam atendimento neste período de pandemia. Além de reforçar os estoques de EPIs para a proteção dos servidores.

O mais importante neste momento é proteger os trabalhadores/as, de modo a garantir que o SUAS continue atendendo a população vulnerável. Por isso o CRP14/MS, juntamente com o Sindicato dos Psicólogos de Mato Grosso do Sul, faz um apelo a gestão pública.  Sem as condições mínimas de segurança, os trabalhadores não podem realizar um trabalho adequado. Ao expor os servidores a esta situação, os gestores públicos prejudicam a manutenção do SUAS, deixando a população sem resguardo.

Assim, o CRP14/MS junto com o SINPSI-MS se articulam, para dialogar com a sociedade Civil e com os órgãos competente, aguardando um posicionamento decisivo quanto às questões, éticas, técnicas e de salubridade para o desempenho seguro e eficaz, de suas funções, frente as demandas que a pandemia exige.

Nossa preocupação junto aos colegas, é dizer que estamos atentos, e estaremos sempre presente na defesa da proteção de todos e todas, mesmo à distância.